quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Milagre não se serve com farinha


2007 foi uma coisa linda, a safra foi tão violenta que o mar não parecia suficiente para tanta tainha. Se duvidar, até em árvore deu tainha.
Era tainha ovada a menos de R$5,00 o quilo, côzalinda de se ver.

Antes disso e de lá pra cá, em 33 anos de vida não me lembro de outro período com tanta bonança peixeira. Pelas minhas consultas, aliás, antes disso só aconteceu quando o magrão cabeludo e de barba saiu por aí mandando multiplicar peixe, pão e vinho. E isso também já faz bastante tempo. Dizem que ele vai voltar e repetir os milagres, mas mesmo que o faça, serão dois milagres em pouco mais de dois mil anos.
Ano passado levamos uma coça da turma da paquita nas finais do catarinense. Sim, talvez você não goste de admitir, mas levamos uma coça. Dois jogos em que aceitamos a imposição adversária e não soubemos fazer valer o peso da nossa bela camisa.

Acontece que hoje, com metade do campeonato varzearinense praticamente findada, a turma da paquita tem se agarrado no evento do ano passado para querer crer que, novamente, conseguirão sair das cinzas para levantar o caneco. Nos chamam de vigias e afins, tentando convencer a si próprios de que aquele milagre improvável acontece com a frequência cotidiana de um prato feito em posto de beira de estrada. Calma, meninas, a coisa não é bem assim, milagres não são servidos com farinha.
O que aconteceu ano passado foi fruto de alguma baderna interna que nunca soubemos exatamente o que sucedeu. Não é possível que um time certinho – embora nenhum primor – tenha se deixado abater do jeito que foram os dois clássicos finais. Deve ter dado alguma merda grande entre Branco-time-diretoria, pois mesmo com as derrotas, uma campanha como aquela seria suficiente para sustentar o técnico no brasileirão, coisa que não ocorreu.

No jogo de despedida do Wilson e do FernanDEZ, conversei com o Chico Lins e tentei sondá-lo a respeito, mas nosso saudoso ex-gerente deu aquela desconversada, sempre muito educado e respeitoso com o local e com aqueles com quem trabalhou, mas no fim das contas foi evasivo.
O Figueirense não é um time que amarela em decisões. Gostamos delas. Somos habituados a elas.

Sim, perdemos a final da Copa do Brasil, mas não por amarelar. Perdemos por que jogamos contra um time que era melhor do que o nosso. Já tínhamos conseguido a façanha de superar o Botafogo nas semifinais, que era sem sombra de dúvidas o melhor time daquela competição.
Amarelada, amarelada clássica mesmo, aconteceu na série B de 2004, quando o Fortaleza mostrou que vantagem não vale nada, e que leão por leão, o do nordeste ruge muito mais alto.

Amarelada, amarelada clássica mesmo, aconteceu no campeonato varzearinense de 2008, quando a turma da paquita vencia a Chapecoense por 2 x 0 em plena Ressacola e, em menos de dez minutos, tomaram uma virada de 3 x 2 com direito a gol de bicicleta de fora da área e tudo.
Escrevo isso por que ontem fiquei com dores no rosto de tanto gargalhar.

Uma onda de euforia tomou conta da Tapera como se tivessem conquistado a Champions League. Tudo por quê? Por que conseguiram empatar com o forte e tradicional Guarani da Palhoça.
E, na tentativa de mascarar o fiasco que tem sido a campanha delas até então, mesmo com as principais contratações do território barriga-verde, se agarram com unhas e dentes no improvável que aconteceu ano passado.

Talvez estejam na esperança de que Sérgio Soares seja defenestrado da Tapera e chamem de volta o Hemerson Maria. Se fizerem isso, será um efeito placebo que não terá o mesmo impacto do ano passado. Será algo parecido com o que fez a nossa torpe diretoria, ao trazer Márcio Goiano para o lugar de Hélio dos Anjos no ano passado. Uma açãozinha sem-vergonha com o intuito de acalmar a torcida, mas cujo resultado prático esperado é apenas ver o tempo passar sem tanta corneta soando nos ouvidos.
Buscar um empate quando se está perdendo por 3 x 0, é quase sempre motivo de comemoração. Quase, e quase não é sempre.

Um dos jogos mais emocionantes que assisti no Scarpelli, foi o heroico 3 x 3 que buscamos contra o Vasco no campeonato brasileiro de 2007, depois de também estarmos perdendo por 3 x 0. No final ainda teve tempo para uma bicicleta do Jean Carlos e um canudo do Peter no travessão, que quase nos garantiu uma virada homérica. Mas, sabemos, aquilo é como a safra da tainha daquele mesmo ano, não acontece todo dia.
E, convenhamos, há uma ligeira – coisa pouca mesmo – diferença entre o Vasco da Gama e o Bugre da Pinheira.

Após duas derrotas consecutivas, sendo uma no clássico e outra em casa, com um jogador a mais durante todo o segundo tempo, o empate de ontem pode servir para duas coisas: encher a turma da paquita de esperança que novos milagres ocorrerão, ou sentir pena da paquita por estar tão isolada no meio daquela perebada mal vestida.
Mas eu sou malandro e quase experiente, já tenho a idade do cara que saiu multiplicando peixes e tal, tenho consciência de que o maior milagre que sou capaz de executar é fazer o salário durar tanto quanto o mês, logo, sei que por mais que eu adore tainha, super-safra é milagre, e milagre não acontece todo dia.

E, admito, vez ou outra sou meio maldosinho, assim sendo, não, não tenho pena da paquita.
Eu si divirto, só isso. 

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Se a bola não entra, a culpa é de quem: Toscano ou Adilsão?


Na análise mané do jogo contra a galera do supermercado, dei aquela corneteadinha no Marcelo Toscano, em função das oportunidades perdidas. Vale dizer que nem foram tantas oportunidades assim, nossos meias não tem sido um primor na criação de jogadas, tanto que nossos gols têm saído quase sempre em jogadas de bola parada, o problema que prejudica a avaliação de Toscano, é que as oportunidades que ele teve foram claras.
Nisso, muita gente tem contestado o Adilsão na sua insistência em manter o Toscano como titular, enquanto outros atacantes estão no elenco e poderiam ser testados também.

Contudo, entretanto, porém e todavia, analisemos com um pouco mais de critério o misterioso caso do rapaz que não faz jus a lendária camisa de Albeneir.
Sabemos bem desde 2005/2006, que o Adilsão gosta de invencionices. Na sua mão, Edmundo – que talvez os mais novos não lembrem, mas começou bastante contestado pela falta de gols – desandou em balançar as redes ao ser um pouco recuado, vindo de trás ao invés de atuar como um atacante clássico. Além de criar muitas oportunidades para o Adriano Imperador do Estreito, o aproveitamento do animal também cresceu muito após a modificação tática. Com Adilsão, Marquinhos Paraná só não jogou de goleiro. Já fez de lateral, meia, volante, zagueiro e até atacante. Nosso treineiro gosta de jogadores versáteis, que possam cumprir mais de uma função no jogo. Deste modo, ele – teoricamente - teria a possibilidade de mudar a concepção tática do time no decorrer da partida, sem precisar sequer efetuar alterações no elenco, apenas reposicionando os jogadores e tentando, com isso, desconsertar a marcação adversária. Uma tática que deu muito certo no Scarpelli em 2006. Carlos Alberto jogava de meia, de volante e de ponta direita. Vez ou outra, Rodrigo Souto fazia de terceiro zagueiro pela direita, para que o Carlos Alberto pudesse despejar suas velozes arrancadas em cima das laterais esquerdas dos nossos adversários, contando ainda com o apoio do Soares. Nosso lado esquerdo, com Cícero, Marquinhos Paraná e Fininho, tinha uma movimentação enorme, eram rápidos e extremamente agudos no ataque. Todos tinham futebol para atuar como meia-esquerda, lateral, ponta e segundo atacante. Em qualquer um dos casos, centralizado estava o Schwanke, que além de atuar como um 9 clássico, era muito combativo na disputa de bola com os adversários.

Analisando o primeiro trabalho do Adilsão na Avenida Santa Catarina, fica fácil de percebermos que ele está buscando alguma coisa parecida com isso, mas em função das peças que tem a sua disposição, está encontrando mais dificuldades do que provavelmente imaginou que teria antes de entregar sua carteira profissional para o RH do Figueira.
Maylson não é Carlos Alberto.

Gerson Magrão não é Marquinhos Paraná.
Danilinho não é Soares.

Saci não é Cícero.
Ronaldo Tres está a três galáxias de distância do Rodrigo Souto.

E, mesmo que o Schwanke nunca tenha sido um primor de qualidade técnica, o Toscano tem penado para se parecer com nosso antigo camisa 9.
Do atual elenco, o único que talvez brigasse por uma vaguinha naquele time seria o Tinga. Talvez.

Ao tentar replicar a bem sucedida fórmula do passado, Adilsão se prejudica pela qualidade do atual elenco.
Marcelo Toscano não é um atacante ruim, mas tem sido.

Olhando um vídeo dos gols do rapaz, percebe-se que pelos clubes por onde passou e teve algum sucesso, nosso atual camisa 9 sempre jogou como centro-avante, o cara centralizado, posicionado entre a zagueirada adversária.
Vestindo a mais bela camisa do mundo, Toscano tem jogado com funções táticas diferentes da que ele jogava nos times em que teve sucesso. Toscano, hoje, atua muito mais como um cara que está em campo para segurar a subida dos laterais adversários, do que como um camisa 9 de fato.

Podemos reclamar da pontaria do menino, não da sua vontade. Toscano se movimenta, cai para os lados do campo, tenta abrir espaços, mas como nossa criação não anda muito criativa, o rapaz tem recebido poucas oportunidades. Nas que recebeu, estava caindo pelas laterais. Mesmo no gol perdido no clássico, ele vinha de uma infiltração em diagonal, sendo que sua característica era a penetração(ui) vertical.
Adilsão sabe disso, e por este motivo não sacou o rapaz do time. É provável que nos treinos sempre secretos, ele tenha percebido que Héber, Eliomar e Cia, não teriam características técnicas de participarem tão ativamente do sistema tático que está tentando implantar no Scarpelli, onde a movimentação deve ser a tônica, ninguém tem posição fixa e o atacante é o primeiro a marcar.

Isso pode vir a dar certo, mas na tentativa de fazer funcionar, acaba que o Adilsão está sacrificando a principal função do nosso camisa 9: fazer gols.
Pode ser que, num 4-4-2 clássico, com o Toscano mais centralizado e o Héber caindo por uma das laterais, o rapaz desande a fazer gols. Ou não, vai saber.

Contudo, entretanto, porém e todavia, antes de sairmos corneteando o menino, vamos dar  crédito pela sua dedicação e voluntariedade. Ok, dos atacantes queremos gols, mas o rapaz está cumprindo a risca o que determina o Adilsão. Dá pra reclamar de muita coisa do Toscano, menos da sua aplicação tática.
Agora, a única coisa que não pode acontecer é o Adilsão demorar demais para se dar conta de que as peças que tem hoje nas mãos, são bem diferentes das que tinha em 2006. Aquele sistema era ótimo, confundia os adversários e fizemos jogos espetaculares (quem não abre um sorrisão automático ao lembrar do acachapante 6 x 1 no Palmeiras?), mas não dá para fazer tainha frita jogando as postas numa frigideira cheia de doce de leite.

E, talvez, este seja o grande desafio do nosso treineiro, colocar em campo um esquema tático efetivo, que respeite as características das peças que hoje estão disponíveis.
A bola tá contigo, Adilsão, esperamos que, diferente do Toscano, tu faças o gol.

Saudações Alvinegras!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

A cartilha do Campeonato Varzearinense


Campeonato de tiro curto não permite bobeira.
Por mais que o varzearinense comece enquanto a boleirada ainda está se recuperando dos festejos de fim de ano, a busca e encontro do ritmo e padrão de jogo ideal tem que ser mais rápida do que eram as arrancadas do Wellington Nem.

Nesse quesito, a Indiarada tá executando com louvor todo o be-a-bá descrito na cartilha do sucesso para campeonatos deste tipo.
Começaram a preparação antes dos demais, e fizeram prevalecer o preparo físico superior, impondo-se com velocidade e efetividade sobre os adversários. Só conheceram a derrota neste campeonato uma única vez, justamente contra o Maior de Santa Catarina. Diga-se de passagem, esta foi a única partida que realmente jogamos bem. Um primeiro tempo excelente, e um segundo tempo que deu para o gasto.

Campeonato varzearinense pode não servir de parâmetro para o campeonato nacional, mas sem dúvidas diz muita coisa sobre como será o desempenho do time ao longo do ano.
Nosso embate regional é disputadíssimo, times do interior fazem os grandes tropeçarem não apenas nos gramados de qualidade questionável, mas em adversários teoricamente inferiores que acabam roubando pontos que fazem falta na reta final.

O jargão surrado já propaga que o futebol é uma caixinha de surpresas, em Santa Catarina ele é praticamente uma Caixa de Pandora. A menor bobeada é o suficiente para ceifar dos ditos grandes, maiores perspectivas dentro do certame barriga verde.
Dito isto, ponderemos:

A galera do supermercado tinha a obrigação de, mesmo com uma preparação prévia inferior a da indiarada, entrar rasgando no campeonato varzearinense. Time que está na série A conta com um orçamento significativamente superior aos demais, isso precisa fazer a diferença não apenas no bolso dos cartolas, mas também com a bola rolando.
Lembrem-se, alvinegrada, nosso tri-campeonato (2002-2003-2004) veio após nosso primeiro acesso e, mesmo quando não levantamos o caneco, o catarinense nunca foi um bicho papão para a galera do Estreito, em todas as edições dos últimos 15 anos nos mantivemos nas cabeças da tabela de classificação. Ano passado, mesmo tendo caído na série A, fizemos uma campanha excelente no varzearinense. Não levantamos o caneco por que alguma coisa ainda misteriosa certamente rolou nos bastidores. Tudo bem que a turma da paquita jogou muita bola e mereceu o seu décimo sexto título regional, mas a apatia com que jogamos as duas partidas não condiz com o futebol que levou os meninos do Branco até a final. Aliás, a própria turma da paquita serve de exemplo para a galera do supermercado, só saíram da longa fila de espera por um título regional, após o acesso à série A, faturando dois títulos consecutivamente.

Se a bola praticada não é suficiente para levar um dos turnos, tem que – no mínimo – acumular uma pontuação que permita a vaga nas semifinais pelo índice técnico.
Neste ponto vamos muito bem, obrigado.

Nosso futebol está longe de encher os olhos da torcida e, mais do que isso, nos preocupa bastante ao pensarmos que a Série B já está se avizinhando. Contudo, mesmo jogando uma bolinha meia bomba, a alvinegrada do Adilsão está acumulando importantes pontos. Temos apenas duas derrotas (galera da oktober e galera do supermercado), nos confrontos diretos contra os ditos grandes, acumulamos duas vitórias (indiarada e turma da paquita), um empate (bailarinas) e uma derrota (galera do supermercado).
Diante da regra esdrúxula que rege nosso campeonato varzearinense, ganhar um dos turnos pouco importa – vide ano passado -, mas acumular pontos suficientes para a classificação pelo índice técnico pode oferecer o conforto necessário que a equipe precisa para, na hora do mata-mata, fazer valer o peso da camisa.

Por esta ótica, se fizermos valer nosso mando de campo e a tradição das belas cores alvinegras, mesmo que o Hélder esteja em campo e que o Toscano erre até o nome da sua mãe, precisamos garantir os 3 pontos contra o time da WEG.
Com mais uma vitória, nos distanciaremos 7 pontos de um dos outros dois que atualmente estão entre os 4 primeiros da tabela, e praticamente asseguramos nossa vaga pelo índice técnico, ainda mais com o sofrível desempenho dos outros 3 que, em tese, estariam brigando pela ponta também.

Ainda mantendo a análise neste ponto, bailarinas, galera do supermercado e, principalmente a turma da paquita, já devem estar bem preocupados, especialmente se o resultado do jogo atrasado que disputarão na quarta-feira, seja qualquer um diferente da vitória. Aí, amiguinho, pode escrever, a casa vai cair lá na Tapera, Sérgio Soares vai vazar do sul da ilha, e provavelmente irão flertar o Gilmar Dalpozo, técnico da Indiarada e que, há pouco mais de dez anos, defendeu a meta do mangue. Se perderem para o Bugre da Pinheira, a chance de entrarem pelo índice técnico será tão real quanto a do próprio Guarani, ou seja, bem pequena.
Com o desempenho que tiveram até aqui, chegará o momento em que para garantirem uma vaga nas semifinais, precisarão assegurar o título do returno, pois pelo índice técnico vai ser complicado. E para prejudicar ainda mais a vida desse povinho mal vestido, os irmãos menores do varzearinense farão de tudo para garantirem nesta reta final uma vaguinha para a série D, logo, ninguém terá vida fácil.

Resumo da ópera: não há por que fazer beicinho por não termos levado o turno. Nossa pensamento deve estar em continuar pontuando bem, e melhorar o futebol praticado na Avenida Santa Catarina. Já que estamos com uma boa gordurinha, precisamos preparar o time para o mata-mata, pois a maneira que terminarmos o varzearinense 2013, certamente nos mostrará o modo como disputaremos a Série B.
Do jeito que temos jogado, terminaremos 2013 brigando com o Asa de Arapiraca por uma posição sem importância no meio da tabela, mas podemos e devemos brigar por algo mais.

Saudações Alvinegras!

Análise Mané


Que ia ser um joguinho encardido, todo mundo já sabia, não tem?
Mas tá na hora dessa raça de preto e branco começar ficar mais ligadinha, não é por que passamos o turno todo ganhando pontinhos só por que os outros conseguiam marcar mais bobeira que nós, que isso vai acontecer a vida toda.

Ontem fizemos outro joguinho miguelento, aquela coisa meio preguiçosa, meio que esperando a coisa acontecer no cagaço, como quem joga a tarrafa em fevereiro e fica rezando pra pegar tainha ovada.
Mas, vamos lá:

Ézumonxtro: Douglas Silva, môpombo, parece que isso vai ficar meio repetitivo. Tudo bem que no jogo de ontem não foi aquela lindeza toda igual no sábado passado, mas fizesse o teu papel direitinho. Além de marcar como se espera de um zagueiro, apareceu no ataque para tentar ensinar o Toscano, deu uma arrancada bonita lá de trás, driblou meia galera do supermercado, para tentar ensinar o povo da meiúca, e testou uma bola na trave. Vou te dar um desconto pelo corte seco que o empacotador da galera do supermercado te deu no segundo gol, vamos fazer de conta que não foi nada por que tu tens um crédito com a alvinegrada. Mas faz assim, quando voltar, traz um pãozinho lá da padaria do Angeloni. Vou ficar aqui na torcida para que o Adilsão encontre um time pra jogar no teu lado, tu merece.
Dazumbanho, ô: Ô Ricardo, vamos fingir que tu não levou no meio das caneta, beleza? Quando começou o varzearinense te escolhi para alvo da minha corneta, mas tu tás melhorando, seu danado. No primeiro gol, antes do escanteio, aparecesse direitinho, fez o que se espera daquele que herda a camisa do Gavião, e tu não tens culpa se o cara que tinha que marcar o substituto do Zé Cachaça era o Hélder.

Môquirido – Maylson, ixtimado, valeu a correria. Todo mundo sabe que a lateral direita não é a tua, mas assumisse a bronca e, sem frescura, sem nhém-nhém-nhém, tás fazendo muito mais e melhor do que o Peter-Já-Vai-Tarde. Ainda acho que o Adilsão devia sacrificar outro cara do elenco na direita, e te aproveitar melhor na meiúca, mas, por enquanto vamos no esquema tático do “Não tem tu, vai tu mesmo.”. Feio, tu não tá fazendo.
Uh, sua naba, abobado da cebeça! – Ô Hélder, negócio é o seguinte, quando o Adilsão te mandar marcar alguém na cobrança de escanteio, quando a bola estiver lá no alto tu pula, pula o máximo que der, e cabeceia a gorducha com toda a tua força na direção do meio de campo, tá bom, querido? Tu não tem culpa de ser pereba, a culpa é do Adilsão que sabe disso e ainda te dá a camisa 6 do Mais Querido, mas não precisa também ser tanso, né ô?! E vem cá, ô, seu abobado da cabeça, que palhaçadinha foi aquela de fazer cara feia quando foi substituído, e ainda arranjar um cartão por ter saído se arrastando de campo? Aquele cartão é que nem tu, seu amarelo! Quando tu é substituído a alvinegrada fica mais feliz e aliviada do que rapariga que fez bobiça sem encapar o nego véio, e menstrua depois de uma semana de atraso. Te liga, ô?!

Uh, seu tanso! – Bate a real aí pra alvinegrada, Marcelo, o “Toscano” do teu nome é um apelido, né? Uma derivação de “Tosco”, só pode ser. Vai ser madeira de dar em doido assim lá longe, ô. Fala a verdade, tu se formou na mesma escolinha de futebol onde estudaram Ramom e Tadeu, né ô dêmonho?
Não me agradax! – Ô Adilsão, já deu de teste, né ô? Tá na hora desses encostados aí começarem a correr um pouquinho, não acha não? E manda ozendemonhado lá da frente treinar a pontaria, é só mostrar no treino lá na Palhoça, aponta pra trave e fala pra eles, “É lá, ó, lá naquele retangulinho com reidinha no fundo, não tem? Então, pega a bola, segue reto toda vida e guarda a menina lá no fundo.”.

Não intica! – Héber, negócio é o seguinte, vou te dá-te um desconto pra ti por que tu ainda tá recuperando o ritmo depois do atropelamento do ano passado. Mas driblar um goleiro que agarra dereitinho, e chutar em cima da naba do Fábio Ferreira, não me agrada muito não. Mas tudo bem, vou fingir que não vi por que o Adilsão inventou de te deixar no banco no começo, tu entrou meio frio, até engrenar demora uma carinha. Mas não te encosta, tens que mostrar futeba agora, pra jogar o campeonato que interessa depois da varezarinense, aquele que chega junto com as tainha, não tem?
Ixtimado! – Rafael Costa, môquirido, tu salvasse meu fim de semana. Tens direito a duas Brahama litrão lá no bar do Mateus, por minha conta, ixtimado!

Ó-lhó-lhó, tu vêx, tu vêx – Teve uma racinha aí dizendo no começo do ano que tinham feito as contratações mais encarnadas, que tinham o melhor amontoado de boleiros, que iam passear no varzearinense, e vão terminar a ida do campeonato brigando com Camboriú e Guarani da Palhoça. Não pela ponta, mas pela rabeira, não tem?
Agora chega de vadiagem, toca pra Palhoça e arruma a casa aí, Adilsão. No último jogo da ida, temos a obrigação de tarrafear os 3 pontos em cima do time da WEG, para praticamente garantirmos com um turno de antecipação a vaga pelo índice técnico.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Manifesto Alvinegro #03: Quando o futebol deixa de existir


Um menino de 14 anos.
Uma criança.

Sem dormir há dias, de tanta alegria. A alegria irresistível desde o ano passado, quando seu time se classificou para a Libertadores da América e, desde então, ele e o pai começaram a fazer planos de como seria legal acompanhar no estádio o time dos seus corações. A ansiedade pela definição dos times que comporiam o grupo. De repente, aparece o Corinthians no meio do caminho, ao mesmo tempo em que se sentiram assustados por terem que enfrentar o atual campeão das Américas e do mundo, ficaram ainda mais eufóricos pensando: “Se queremos ser grandes, temos que encarar os grandes. Que venha o Corinthians!”
E, desde então, aquela ansiedade gostosa que só sente quem ama o futebol.
O menino foi para a escola com a camisa do seu clube, ligou para o primo que torce para o time rival tirando um sarro, dizendo que não poderia encontrá-lo na quarta, pois naquela noite o seu San Jose entraria em campo pela Libertadores. Coisa de time grande, ele disse para o primo que torce para o outro time, um qualquer que não se classificou.

Naquela semana a cidade só falou disso.
As rádios, os canais de TV, naquela semana o único assunto possível era o embate entre o modesto San Jose contra o poderoso e milionário Corinthians.

A cidade parou.
O país inteiro estava atento.

O coração do menino bateu apertado quando se aproximou do estádio, olhava com um sorriso que não cabia no rosto para o seu pai, também eufórico.
Viu a torcida de azul tomando as ruas, os espaços ao redor do estádio.

Não era qualquer time, era o seu San Jose, prestes a enfrentar o atual número 1 do mundo, prestes a se tornar – para ele – o maior do mundo também.
Aquele cheirinho de estádio, das comidas vendidas nos arredores, as bandeiras amarradas nas costas que enchem os torcedores de superpoderes, um batalhão de pessoas vestindo as suas camisas da sorte, aquelas que de jeito nenhum perdem jogos e, quando perdem, a culpa é do juiz, pois o seu time só perde quando você não está com ela.

Ele estava com ela, a sua camisa da sorte, aquela imbatível que faria a diferença para que seu time tivesse forças para enfrentar o poderoso Corinthians.
Arquibancadas lotadas, a torcida gastando suas cordas vocais, o estádio pulsando.

O time entra em campo, foguetes espocando no ar, é “La Tenebrosa”, como é conhecida a torcida, dando as boas vindas e enviando energia positiva para que seus onze Davis tenham força suficiente nos seus estilingues e derrubem os onze Golias de preto do outro lado do campo.
O menino está emocionado, aquele nozinho na garganta que todo mundo que frequenta arquibancadas já sentiu alguma vez na vida. Olha outra vez para o pai, essa noite vai ser nossa, ele diz.

O juiz apita, o coração dispara.
Ele se estica para poder enxergar o campo, tá todo mundo de pé, cantando, pulando, vibrando, jogando junto.

Mas não é a toa que os caras de preto são os maiores do mundo, não se passaram nem cinco minutos e eles já dominam o jogo, já criaram oportunidades.
Mas é o nosso San Jose, nós vamos conseguir, nós somos grandes também!

Uma bola na área, SAI, o menino grita para que seu grito ajude a afastar a bola da área. Não afastou, mas seu grito fez com que o primeiro errasse a bola, ele sabe, foi o seu grito que atrapalhou o cara de preto, mas tem outro ali no meio, um que a despeito dos onze guerreiros do San Jose, traz Guerrero também no nome.
Gol deles.

A torcida de preto pega fogo, gritam, calam os de azul e branco.
O menino olha para o pai como quem pergunta, vamos virar, né pai?

Mas o pai não pôde responder. A partir daquele momento o mundo calou.
Foi um segundo, uma faísca, um tiro e o futebol deixou de existir.

E, a partir daquele momento, nada mais teve importância.
Uma bola de fogo atravessa o olho para cegar o futebol, calar, ensurdecer, acabar.

Não existe mais camisa adversária, não existe mais a minha camisa.
Não existem mais Davis nem Golias, grandes nem pequenos.

A Copa, a despeito do seu nome, não liberta, mas prende para sempre o grito de gol.
O futebol deixa de existir.

Um menino de 14 anos.
Uma criança.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Sejamos veneno, não soro antiofídico.


Joguinho bom esse que nos espera
.
Apesar do alerta feito no post anterior, acerca das melhorias urgentes que necessitamos, vamos enfrentar a galera do supermercado no meio de uma grande turbulência.

O pessoal do sul do estado está numa crise braba. A paciência com Comelli já não é mais a mesma e as vaias são mais ouvidas do que os cânticos de apoio da torcida.

A derrota de ontem para o até então lanterna do campeonato, fez iniciar a contagem regressiva para a casa cair. Eles sofrem de uma mal que as torcidas dos dois lados da ponte conhecem bem, desmanche de um time ajeitadinho para recomeçar tudo do zero nas vésperas de uma série A. Situação delicada que costuma ser o primeiro capítulo da cartilha do rebaixamento.

Mas não temos nada a ver com isso.

Jogar lá nos remete a ótimas lembranças desde as invasões alvinegras de 93 e 94, e mais um caneco em 2008.

Contudo, entretanto, porém e todavia, não podemos tomar por parâmetro a pelada de ontem que garantiu ao Guarani a esperança de se manter na primeirona do varzearinense, pois vale lembrar que no último domingo, mesmo saindo derrotada de campo, a galera do supermercado fez uma grande partida e esteve na maior parte do tempo a frente no placar. Para azar deles, a pontaria das bailarinas estava bem calibrada, diferente daquela que o nosso querido Toscano tem demonstrado. E já haviam jogado muito bem também contra a turma da paquita, ou seja, contra os grandes do estado, eles se empolgam. Sem contar que nada como uma vitória em cima de um dos postulantes ao título para dar uma acalmada na turbulência. Jogo importante é igual veneno de cobra, dependendo da dose vai da morte à cura. Não nos façamos, pois, de soro antiofídico para o tigre de bengala.

O cuidado agora é evitar o oba-oba. Sabemos que nosso time está longe do ideal e está mais do que na hora de acrescer bom futebol aos pontos ganhos, até por que o segundo não se sustenta por muito tempo sem o primeiro.

Saudações Alvinegras.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Tá bom, mas não tá


Chega de clássico, vencer delas é sempre divertido, mas não podemos tomar por redenção a vitória conquistada em um jogo fraco tecnicamente em cima de um adversário desinteressado na partida.
Ganhar da turma da paquita é sempre bom, mas se nosso objetivo é levantar o caneco e voltarmos à disputa pela hegemonia no certame regional, muita coisa precisa ser melhorada.

Somos os únicos com alguma possibilidade de tirar o turno da Indiarada, e talvez até consigamos se eles derem bobeira, mas um triunfo nessa altura do campeonato pode acabar mascarando muita coisa que precisa ser melhorada (vide 2008 e 2012).
Embora estejamos lá em cima, conquistamos algumas vitórias em jogos sofríveis e temos melhorias urgentes a serem feitas. Nossa lateral tá parecendo a Ponte Hercílio Luz, sempre em reforma, mas nunca fica pronta. O Peter já mostrou que não leva jeito pra coisa, e o Hélder, bem, o Hélder é aquilo mesmo, já sabemos há tempos. Pode chamar de pereba, dizer que não sabe cruzar, que é frouxo na marcação, o que for, só não vá dizer que o rapaz é mentiroso, pois ele deixou isso tudo claro desde sempre. Tínhamos o Marquinhos, da base, que na minha apurada percepção futebolística, poderia ter sido aproveitado, testado no catarinense para, quem sabe, acontecer na Série B. Lembram do Lucas? Mas preferiram emprestá-lo para o Sobradinho para ganhar quilometragem rodada. Meu amigo, na boa, se é para o moleque ganhar experiência empresta para algum do interior de São Paulo. Lá, pelo menos ele enfrentará Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Santos e outros mais enfezadinhos, como tem se mostrado a Ponte Preta no Paulistão deste ano. Mas, para o Sobradinho? Jogando contra: Legião, Ceinlandense, Luziania, Unaí??? O máximo que ele vai conseguir é cancha para encarar um Concórdia ou União de Timbó.

Colocar o Maylson na direita pode quebrar um galho, mas sacrifica um cara que poderia se destacar mais na função que era a dele, e sempre que jogou lá, fez boas infiltrações e ainda marcou dois gols. Ao que me consta, André Rocha é o novo candidato para o trono de Bruno, nosso Papa da lateral direita que renunciou para passear nas Laranjeiras. Vamos ver se dessa vez, com André Rocha, sai a fumacinha branca.
Creio que também um pouco de ousadia pode nos cair bem. Ao invés de Felipe Nunes, Danilinho, que tal dar uma chance para o Dolem? Vai que a sagrada camisa de FernanDEZ encontre um sucessor vindo das gramas da Palhoça?

Não temos preparação física, temos preocupação física. A elegante galera de preto e branco não teria pique para aguentar uma correria como foi o jogo das Bailarinas X Galera do Supermercado. Puta jogaço, aliás!
Enfim, a pontuação está legal, temos mesmo que acumular a gordurinha, mas sinceramente, prefiro que a gente entre pelo índice técnico do que pela conquista de um dos turnos. Não ficar em primeiro vai nos servir um belo prato de cautela e fincar os pés da galera de preto e branco no chão.

Já passou da hora dos meninos de Adilsão passarem a correr como Soares e Carlos Alberto, desarmar e sair jogando como Rodrigo Souto, armar como Marquinhos Paraná e botar a bola pra dentro como Cícero e Schwanke, do mesmo jeitinho que ele fez em 2006.

Fato é que, com o primeiro turno já praticamente terminado, não podemos nos contentar com apenas 45 minutos jogados do jeito que gostaríamos de ver nosso time jogando sempre, como foi no primeiro tempo contra a Chapecoense. Aquela deve ser a nossa regra, não a exceção.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Análise mané do clássico, não tem?


Não foi aquela coisa toda, mas valeu pela diversão.
Um joguinho feio e que, não fosse pelo adversário, teríamos achado um jogo muito do sem graça.

Mas, apatias a parte, é possível sim, vislumbrar aspectos positivos.
Façamos pois, uma ponderação mané para detalhes que merecem destaque:

ÉZUMONXTRO! – Douglas, môpombo, arrombassi! Perfeito na marcação, não errou uma bola, fez o gol da partida e ainda deu um belo chega pra lá na Paquita. Quesito Xerifão: Dez, nota dez!
DAZUMBANHO, Ô! – Esta vai para o Adilsão. Apesar de não ter sido um primor de partida, percebe-se uma franca evolução no nosso futebol. Além do mais, brincou durante a semana que faria marcação individual numa das meninas de azul, mas experiente que é, sabe que paquita velha não assusta ninguém.

MÔQURIDU! – Ricardo, nosso novo arqueiro pode ainda estar longe de merecer ouvir o canto das arquibancadas: “Não é mole não, o meu goleiro voa como gavião!”, Mas fez ontem a sua melhor partida com a camisa um do Figueira. Foi bem pouco acionado, é verdade, mas quando foi mostrou segurança e, em ao menos uma oportunidade, fez uma grande defesa.
IXTEPÔ! - Não é que o Saci foi bem na meiúca? Sem contar o passe perfeito para a testada do Capita!

UH, SUA NABA! – Ô Hélder, vamos treinar esses cruzamentos aí, vamos? Tu ficas fazendo o que lá na Palhoça? Pensando na Pinheira? Quando for pra lá vê se treina, meu filho, tá feio o negócio.
UH, SEU TANSO! – Ô Toscano, aquilo é gol que se perca, demonho?

ABOBADO DA CABEÇA! – Que palhaçadinha é aquela de abraço no João Azulejento no meio do campo? Táx tôlo, táx?
NÃO INTICA! – A paquita anda menos fanfarrona. Desistiu das declarações polêmicas e tem andado mais comedida em frente aos microfones. Melhor assim. Não intica não que eu prometo que a gente ganha de pouco, mas cuidado, se inticar eu mando soltar o Douglas Silva em cima de ti. Ah, ficou com medinho, né?

Ó-LHÓ-LHÓ, TU VÊX, TU VÊX! – Adriano Chuva? Garoinha não seria mais apropriado? Daquelas bem fininhas, que não precisa nem de guarda-chuva por que não molha nada.
MOFAX! – Tabu? Tá bom, tá bom. Senta lá no canto, tá quiridu, que agora o tio não pode brincar.

Outrossim, vale destacar a bela festa da nação alvinegra que, mesmo sem papel picado se impôs do início ao fim como só fazem os maiores.
Do outro lado do campo, tava tudo tão quietinho... Por que será?

Dança, gatinho.


sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Quando o Gigante entra em campo


É injusto, eu admito.
Mas nós somos assim mesmo, aquela arroganciazinha de quem tem a exata dimensão da própria grandiosidade.

Aí elas tentam encontrar motivação no fato de nosso time ser todo novo, mas a gente sabe, lá no lado sul de cada um dos poucos que são, estão apertadinhos de dar dó.
Pois por mais que sejam novos os camaradas a trajarem o mais belo manto do mundo, do lado menor da arquibancada do Scarpelli, a torcida menor sabe que haverá o amparo daqueles que fazem do Figueira o maior de todos: Nós, a torcida.

Somos um gigante grosseiro e sem jeito no trato com a dama do outro lado da linha divisória do gramado.
A gente não leva pra jantar, não manda flores, simplesmente pegamos a safadinha, jogamos na cama, usamos e mandamos embora da nossa casa. Esse é o praxe.

Acontece que nas últimas vezes andamos ressabiados com a Maria da Penha, e as deixamos acreditar que têm chances no nosso quintal, mas não é bem assim. E não sou eu quem diz, é a história.
Nós brincamos no nosso quintal, onde temos um vasto histórico de domínio absoluto, tanto quanto no mangue longínquo onde moram as meninas.

Somos cruéis, eu sei. Mas faz parte do nosso charme, parte do nosso show, fazer o quê?
Mas acontece que as meninas estão todas faceirinhas, em parte pelo fato de nossos jogadores terem chegado há pouco na Avenida Santa Catarina, em parte por causa da paquita.

Mas nós, experientes que somos, sabemos bem que paquita velha não serve nem pra show da Xuxa, muito menos pra Playboy. Ainda mais em épocas de BBB. Serve pra quê, então?
Pra clássico? Sabemos que não.

Pra vender pinga em Biguaçu? Talvez.
E se escondem na euforia meio burra que antecede a surra, mas no fundo sabem que por mais novatos que sejam os nossos jogadores, eles vão estar amparados pelo gigante.

O gigante estará presente no ar que elas vão sentir ao respirar.
O gigante estará presente no preto e branco da camisa dos novatos.

Mas, principalmente, o gigante estará nas arquibancadas.
O mesmo gigante que esteve lá a cada triunfo e esporádicos insucessos.

O gigante tem voz forte, canta, grita e não se cansa.
O gigante não vai poder levar papel picado para sua festinha particular.

Azar delas, o gigante queria tanto levar papel picado, que na falta deste terá que picotar a turma da paquita.
É que gigante é assim mesmo, indelicado e quase desastrado, tanto que sai pisoteando as coisas pequenas.

Coisas da vida, e a vida é dura!
Elas vão ficar nervosas, vão lembrar do créu.

Mas nós, no alto da nossa grandeza olharemos pra baixo e, ao observá-las, pensaremos: “Quem dança créu é periguete.”
Ok, vocês pediram, MC Adilson dará um trato nas periguetes.

Do jeitinho que elas gostam.

Manifesto Alvinegro #02 - Que venham novos ares para o nosso Gavião!


Convenhamos, não é num clássico que se estreia um goleiro.
Posição delicada, precisa aglutinar técnica, reflexo, agilidade e frieza, quase sempre exerce alguma liderança dentro do elenco, e se é a partir daquele cara embaixo das traves que a torcida se sente ou não confiante para enfrentar um jogo qualquer, imagine num clássico.

Mas inventaram, sei lá por que diabos, de estrear um goleiro justo no único clássico de Santa Catarina. Quem estava sendo jogado na fogueira: o pobre atleta novato ou a torcida que desconhecia aquele cara, até então terceiro goleiro do clube de onde vinha?
Mas foi assim que determinaram os deuses do futebol.

Naquela primeira temporada iniciada no clássico disputado num meio de semana (ah, estas cartadas de mestre da turminha do Delfim...), o tal goleiro foi crescendo a cada partida. Um desempenho acima da média, de dar um misto de raiva e inveja nos adversários , “onde é que eles foram achar um cara como esse?”, demonstrando tanta técnica e habilidade, tanta frieza em momentos decisivos, que em poucos jogos no clube tornou-se um dos principais atores da primeira decisão de um título nacional. Após a decisão do título nacional, perdida mais pela ansiedade do elenco do que pela competência adversária, o time fez uma campanha irregular no campeonato nacional, mas se terminou o ano mantendo-se na elite do futebol nacional, muito se deveu a ele.
Dizer: “não precisou muito para que se tornasse um ídolo”, seria injusto de minha parte.

Talvez não precise de muito.
Mas ele FEZ muito! Fez mais do que se está acostumado a ver um goleiro fazer. Ele fez por respeito, por saber o tanto que representava para toda uma torcida, e fez questão de jamais decepcioná-la.

No ano seguinte, paradoxalmente em uma temporada que ele beirava a perfeição técnica, veio um rebaixamento. Mas como quem retribui o voto de confiança que lhe foi dado, no dia em que assumiu a meta do time num clássico, disse não para propostas de outros times, e se comprometeu a ficar na equipe até que a mesma retornasse ao seu habitat natural, a série A.
Ficou e, nesta temporada e na seguinte, ambas na divisão subalterna do campeonato nacional, não só cumpriu suas atribuições com a maestria exuberante que a torcida já estava acostumada, como resolveu mostrar talento não só com as mãos, mas também com os pés e, assim, vieram além das defesas, gols.

Num momento em que já era parte amalgamada da imagem do clube, sem a possibilidade de imaginá-lo trajando outro brasão que não o nosso, capitaneou o time no seu retorno à elite do futebol nacional.
Na sua quinta temporada defendendo a meta alvinegra, participou ativamente daquela que foi a mais espetacular campanha que já fizemos. Chances reais de classificação à Libertadores até a reta final do campeonato, em alguns momentos nos ousamos até flertar com o título, e ele lá, provando a redenção do sucesso depois dos infortúnios do descenso.

Veio a sexta temporada a frente da meta alvinegra, e junto dela a expectativa por uma campanha tão boa quanto havia sido a anterior, mas, em meio a uma briga administrativa, política e algumas patacoadas na gestão do futebol, o clube se viu imerso num caminho desastroso, uma campanha sofrível que culminou num vergonhoso novo rebaixamento.
Nos parcos momentos de sucesso que aconteceram naquela temporada, esqueceram-se de congratulá-lo.

Nas inúmeras falhas de todo o clube, parece que escolheram-no como responsável.
Mesmo assim, nos momentos em que ouviu críticas de todos os lados, culpando-o por falhas, poderia ter ido aos microfones e alegar em sua defesa que o time não tivera, desde o início da temporada em que as tais falhas aconteceram, uma zaga fixa. Vários jogadores foram testados, nenhum deles foi aprovado. E ele tendo que se virar para dar suporte para duplas, trios de zagueiros que, não bastasse suas próprias limitações técnicas, juntos, não conseguiam seguir a mais básica das instruções de composição de um sistema defensivo. Mas ele ficou lá, firme, assumiu para si a bronca pela incompetência alheia, incompetência daqueles que deveriam administrar o clube, suprir o elenco com opções no mínimo satisfatórias, mas como não o fizeram, ele ficou lá e assumiu. Houve falhas? Ok, foram minhas, disse ele. Não se eximiu, não procurou desculpas, não se esquivou, apenas provou que além de técnica, possuía também caráter, hombridade, coisa que se alguém for procurar no mercado da vida hoje em dia, provavelmente vai ouvir a balconista responder: “Tem, mas acabou.”.

Ele tem, e de sobra.
E creio que seja exatamente por isso que não coube nos planos da diretoria que assumiu a gestão do clube. Sua integridade fez dele um corpo estranho.

Em nenhum momento contestei o direito daqueles que estão no comando do clube em julgarem se o profissional A ou B serve para os seus planos, agora, para tudo há uma maneira – no mínimo – digna de ser feita.
Faltou dignidade, faltou aquilo que o tal goleiro tem de sobra: caráter e hombridade.

Talvez os torcedores mais novos não se lembrem, mas na primeira passagem de Adilson Batista pela casamata alvinegra, ele procedeu uma manobra semelhante. Tínhamos há anos nossa confiança depositada em Edson Bastos, o primeiro goleiro a ouvir: “Não é mole não, o meu goleiro voa como um gavião”. Tão logo se encerrou a temerosa temporada de 2005, Adilson Maluco (como era carinhosamente chamado pela torcida) dispensou Edson Bastos e apareceu com um terceiro goleiro do Grêmio. Andrey, depois de um campeonato catarinense ridículo (pode-se dizer sem medo de cometer injustiças, que fomos campeões estaduais em 2008 POR CAUSA do Wilson, tanto quanto podemos afirmar que fomos campeões em 2006 APESAR do Andrey), conseguiu se recuperar e fez um grande campeonato brasileiro. Fez suas malas e foi embora tão logo a temporada se encerrou.
Adilson quis, naquela oportunidade, um goleiro escolhido por ele.

Fez o mesmo agora, e não está errado. Como comandante, está no seu direito.
Mas não é sempre que Maquiavel acerta, e em alguns casos os fins não justificam os meios. Em alguns casos, determinados meios são não só desnecessários, quanto danosos.

Se não era do interesse do novo comando contar com os serviços do Wilson, que rescindissem o contrato amigavelmente, de tal modo a deixá-lo desimpedido a negociar com outros times. Sem dúvidas que nos doeria vê-lo trajar outra camisa, mas acho ainda mais triste ver alguém que sempre nos representou tão bem, ser jogado para escanteio e perceber que, a cada dia que passa, por não estar jogando, diminuir suas possibilidades de uma boa nova recolocação.
Triste pelo grande profissional, e uma estupidez de proporções tsunâmicas por parte da diretoria. Se não o querem entre os seus colaboradores, que tenham no mínimo a percepção de que Wilson sempre foi um bom produto. Poderia ser envolvido numa negociação com outros times, que o deixassem jogar até que um comprador se interessasse por ele, mas fora da vitrine, escondido no depósito da loja, ninguém vai notar sua presença e como ele pode cair bem em determinados times.

Wilson é muito mais goleiro do que a maior parte dos que estão em atividade hoje em dia nos times de série A. Wilson é mais goleiro do que o Ricardo, mas, afastado, diminui as chances de uma nova oportunidade para sua carreira, tanto quanto onera o caixa do clube, que paga o alto salário de um atleta que não está produzindo para o time.
Wilson não significaria apenas um bom goleiro vestindo nossa camisa 1, significa um ídolo em campo, e ídolos – no mínimo – levam público aos estádios e vendem camisas. Hoje, se fizerem uma camisa personalizada do Ricardo, acho pouco provável que tenha vendas relevantes. Hoje, mesmo afastado, se fizerem uma camisa personalizada do Wilson, não tenho dúvidas de que terá uma boa vendagem.

Por qualquer ótica que se observe, o afastamento do Wilson é de uma burrice inominável, uma atrocidade gerencial, ela é prejudicial para todos os envolvidos. Custa caro aos cofres do time, e freia a carreira de um cara que sempre cumpriu suas obrigações, nunca se envolveu em polêmicas, sua conduta extra-campo jamais esteve nas manchetes da nossa imprensa pequena e tem o carinho da maior torcida de Santa Catarina.
Recomeçar o Figueirense era necessário e urgente, mas estabelecer um elo entre a reformulação indispensável, com alguém que – diferente da diretoria – conta com a simpatia e confiança da torcida, seria o mais básico be-a-bá da gestão esportiva.

Quero o Figueirense forte, ocupando o seu indiscutível lugar de protagonista máximo do futebol catarinense, tanto quanto quero esta diretoria longe dos muros que cercam o belo gramado da Avenida Santa Catarina. Suas ações, desde antes de assumirem sorrateiramente a direção do clube, são provas mais do que suficientes de que sua preocupação não é com o bem do time, muito menos da torcida. Seus interesses são pessoais e políticos, nada além disso. Espero que mudem, que provem que estou errado na minha avaliação dos seus atos, mas acho pouco provável que isso aconteça.
Diante de tantas atitudes que me enchem de vergonha, fico na mais profunda torcida para que nosso ídolo encontre novos e bons ares para voltar a voar como o gavião que ele aprendeu a ser no calor da nossa torcida.

Na partida que ele agora disputa nos tribunais trabalhistas contra o time que o rejeitou, pela primeira vez torcerei contra o Figueirense. Esse jogo não merecemos ganhar.
Wilson, môquirido, sucesso, boa sorte e mil desculpas, você não merecia passar por isso.

Ah, ia quase me esquecendo.
Não falei como terminou o clássico em que o tal goleiro estreou, né?

Então, a partida foi tão fácil, mas tão fácil, que sequer serviu de teste. Testado mesmo ele foi depois, várias vezes, e sempre passou com louvor.
Os alvinegros talvez não lembrem, pois placares como esse sempre foram muito comuns a nosso favor. Mas, já o povo doladelá, eles com certeza não esquecem daquela bela noite de quarta-feira. Por via das dúvidas, fica aí o videozinho para refrescar a memória.

Saudações alvinegras! 

Como vamos para o clássico?


Mais um clássico chegando e a pulga atrás da orelha, como vamos pra ele?
Não temos ainda um time definido, não só pelo curto tempo de preparação, mas pelo fato de termos um time totalmente novo.

Não se deixa um time que começou do zero, pronto em cinco, seis, dez partidas. Isso leva mais tempo.
Do ano passado, apenas o Ricardo e o Jackson tem aparecido. Ricardo ainda não nos transmitiu a segurança que estávamos acostumados ao ver Wilson embaixo das nossas traves. Jackson tem sido pouco utilizado, no mais, tudo novato.

Para esse jogo teremos a volta de Rodrigo Tres, que quando jogou foi bem, mas não sei se será a opção do Adilsão.
Outra dúvida será no ataque, iniciamos jogando a competição com o Toscano lá na frente e um punhado de meias que deveriam se aproximar para, vez ou outra, fazerem o papel de segundo atacante.

Na última partida fomos com dois homens de frente, o Héber mostrou estar totalmente recuperado do atropelamento sofrido no varzearinense do ano passado, e foi muito bem. Iria com a mesma formação de ataque da última partida, com Héber e Toscano na frente.
Teremos para o clássico o retorno do nosso novo capita, Douglas. Gosto dele, tem demonstrado potencial. Ainda longe de ser o xerifão que tínhamos em outras épocas, como Márcio Goiano, Clébão, Chicão, mas tem aparecido bem tanto com a segurança na zaga, quanto com suas chegadas no ataque. Não à toa, já remeteu duas vezes a bola às redes adversárias.

O grande dilema continua sendo nossas laterais. Nossa lateral direita ainda sofre de uma profunda dor de cotovelo, uma saudade amargurada do Bruno. Peter repete o futebol apresentado na sua primeira passagem pelo Scarpelli: pífio. Não é contundente quando ataca, e peca na marcação. Saci ainda não foi aquela coisa toda, mas já deu sinais que pode sim vir a tomar conta da nossa camisa 6 com o devido carinho e cuidado.
Tenho gostado bastante do futebol do Maylson, mas prefiro quando atua pelo meio. A opção de utilizá-lo pela lateral se dá muito mais pela deficiência técnica do Peter do que por opção tática. Contudo, acredito que no clássico Maylson voltará para a meiúca, pois suas infiltrações na diagonal, vindo de trás, já nos renderam alguns tentos neste campeonato, e para um clássico esta jogada pode ser uma importante arma, ainda mais contra uma zaga que adora comer mosca, como tem sido a dos azulejentos.

Entraria com: Ricardo, Peter (não tem tu vai tu mesmo), Thiego, Douglas, Saci, Ronaldo Tres (Jackson),  Tinga, Maylson, Magrão (Danilinho), Heber e Toscano.
Pra derrotarmos as meninas da Tapera, são dois os caminhos: 1 – Anular a Paquita colocando um cão de guarda grudado nela, pode ser o Tres ou o Jackson, e atenção no Dinelson. Com os dois bem marcados o jogo deles acaba; 2 – VELOCIDADE! A zaga delas ainda está em formação, mais do que isso, creio que ainda não apresentaram os caras um para o outro, pois é difícil conseguirem se entender. Por isso, creio que as infiltrações em velocidade do Maylson podem ser o caminho ideal para faturarmos o clássico.

No geral, o time deles está mais ajeitadinho, a dupla de volantes tem atuado muito bem, o menino Marrone tem demonstrado um baita potencial, mas não creio que sejam capazes de conter os meias alvinegros se executarmos a mesma movimentação que tivemos contra a Chapecoense. Contudo, entretanto, porém e todavia, ainda sou mais o feeling do Adilsão do que o ajeitamento do Sérgio Soares.
Atenção na marcação e velocidade na saída para o ataque, esse é o segredo. No mais, elegantes jogadores que trajam preto e branco, esperamos de vocês raça, vibração em campo e entrega total durante os noventa minutos. Na arquibancada deixem conosco, a nossa parte nós faremos!

Saudações Alvinegras!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Cagaço de Véspera

A turma da paquita tem por hábito retratar nas calças o tanto que se borram cada vez que nos enfrentam. Fregueses de velha data, com esporádicos triunfos, tão raros que quando acontecem causam um ataque de faniquito nas meninas, uma histeria coletiva que os faz delirar serem mais do que de fato são.

Mas eis que do ano passado pra cá, deram para utilizar de uma estratégia curiosa, para dizer o mínimo. Nos rotulam como super-máquina de jogar futebol, já antevendo uma preciosa justificativa para o revés que comumente enfrentam cada vez que nos encontramos pelos gramados do mundo.
Ano passado, nos chamavam de Barcelona. Interessante notarmos que em nenhum momento este apelido veio de nós, mesmo quando passeamos no turno e returno do campeonato, não nos considerávamos um time pronto e, ciente que somos da distância que há entre a grandeza das nossas belas cores alvinegras, com a limitação técnica do futebol praticado no campeonato varzearinense, sabíamos que todo aquele êxito não significaria muito para os desafios que enfrentaríamos nos meses seguintes durante o Campeonato Brasileiro.

A prova retumbante do quão distante o nosso time estava do ideal, foi o desempenho pífio nas duas partidas finais do varzearinense. Nós sabíamos disso, eles acreditavam que de fato éramos muito superiores aos demais barrigas-verde. Sim, no âmbito regional, éramos melhores do que eles, do que todos os outros, mas isso não significava – como o restante do ano bem comprovou – que tínhamos um bom time.
Mas façamos algumas observações importantes antes que as meninas do sul da ilha comecem a ter ataques de pelanca. Por mais esdrúxula que sejam as regras do campeonato varzearinense, nossos mandatários aceitaram e assinaram o documento que o regulamentava, logo, a vitória da turma da paquita foi justa e meritória. Num caso raro de se ver, jogaram melhor do que nós e fizeram por merecer a taça levantada.

Mas o que eu quero dizer é que em nenhum momento nós, alvinegros, nos comparamos ao time espanhol, essa foi uma comparação vinda deles, para justificar o infortúnio que tinham certeza que teriam ao nos enfrentar.
Este ano, viramos para eles o Carrossel. Já vi vários deles falando em tom de falsa ironia sobre o Carrossel Alvinegro. O nome científico deste movimento advindo da Tapera, é: Cagaço de Véspera.

Não encontrei ainda um representante da maior torcida de Santa Catarina, dizer-se satisfeito com os meninos do Adilsão. Vimos alguns pontos positivos, algumas qualidades individuais, mas o somatório destas parcas boas novas ainda está muito distante do que esperamos do nosso time. Ainda não temos um padrão tático definido, ainda não temos uma referência dentro do elenco, ainda não sabemos qual é o nosso time titular, ainda nos ressentimos do destrato que sofreram nossos ídolos recentes e, mesmo assim, para disfarçar a tremura nas pernas eles gostam de nos adornar com adjetivos que nós nunca usamos para nos qualificarmos.
Tudo bem, sem problemas.

Atualmente estamos acima delas na tabela, mas no frigir dos ovos nosso time está menos ajeitado do que o deles. Estamos lá mais pela incompetência alheia do que por méritos do nosso esquadrão. Mas não nos faremos de rogados, não querem os pontos, deixem-nos nas bandas do Estreito, então. Faremos bom uso deles.
Quanto a turma da paquita, toda serelepe por causa do triunfo recente no nosso território, vale lembrar que em 2006, vestia alvi-negro também um amontoado de jogadores então desentrosados, desconhecidos de todos nós, mas que sob a batuta do mesmo Adilsão, aplicaram um catequético 4 x 1 na turma da paquita.