Assisti a maior parte do jogo da
Seleção Brasileira e, apesar de algumas jogadas bem tramadas por ambos os times, pensei: “é
meio doído ver jogo de time desentrosado”.
Aí passaram-se as horas, acabou a
novela, fim do Big Brother e aquela imagem linda, o esquadrão alvinegro
entrando em campo, onze homens elegantemente trajados trazendo no lado esquerdo
do peito a honraria máxima que um atleta pode vestir em sua carreira, o símbolo
do FIGUEIRENSE.
Apita o árbitro, e apesar da
elegância de metade dos atletas em campo, lembrei que se tratava de um jogo do
Campeonato Varzearinense. Campeonatos estaduais, de um modo geral, já são
coisas difíceis de se assistir, mas o nosso tem um jeitinho todo especial de se
fazer pior do que os outros.
Não, não vou entrar no mérito das
patacoadas extra-campo que têm fornecido inúmeras pautas para nossos
jornalistas esportivos de qualidade duvidosa, mas os jogos são coisas difíceis
de se aturar.
Meu deu saudade dos desentrosados
garotos do Felipão.
Muita saudade.
Ganhamos o jogo, ok, três pontos
na conta, mas a bagaça foi doída.
O Atlético de Ibirama tem um
histórico de nos encher o saco, os jogos lá costumam ser difíceis. Tanto pela
situação do gramado, que é sempre um fiasco, quanto pelos jogadores que, quando
diante do único time grande de Santa Catarina, resolvem suar um pouco mais a camisa
para ver se o Adilson Batista se encanta pelo jeito com que tratam a gorducha
e, quem sabe, pintar um convite para estagiarem no Scarpellão.
Fato é que são adversários
chatos, mas ontem não chegaram a preocupar.
Apesar do primeiro tempo sacal,
com ambos os times se esforçando ao máximo para não praticarem aquilo a que
chamamos futebol, Héber e Toscano desperdiçando chances claras de frente para o
goleiro adversário, no segundo tempo voltamos mais acordadinhos e, foi só
apertar um pouquinho que colocamos a bola no fundo da rede e reestabelecemos ao
mundo a ordem natural das coisas, o Figueirense na frente.
Não tardou para ampliarmos,
acalmarmos a situação até a hora da bobeira. A zaga olha para o lado, chama o
tiozinho do amendoim, pergunta quanto que tá, o adversário vai lá, cruza a
bola, o Ricardo olha e pensa: “Tá, aquela ali é a bola, eu tenho que pegar, se
não pegar a bola ela vai entrar, acho que vou pegar, é a bola, é ela que eu
tenho que pegar, se não ela entra no gol e eles diminuem a diferença no placar,
então eu tenho que ir e pegar a... Droga, não peguei.”. Mais uma vez, a bola
passou mandando lembranças para o Ricardo, assim como lá do CT do Cambirela o
Wilson manda lembranças para o Adílson.
Aquele sufoquinho metido a besta,
mas nada suficientemente ameaçador a ponto de permitir que nossa zaga ou nosso
goleirão(?) se complicasse mais uma vez.
Pontos positivos no fim da
pelada:
* Héber está voltando bem, em
breve estará no mesmo nível que tinha atingido antes de ter sido atropelado
pelo ogro de verde no ano passado;
* Toscano desencantou, sei lá,
acho que esse cara vai começar a enfiar bucha em todo jogo, escreve aí – a começar
pelo clássico;
* Funcionamos melhor com dois
atacantes, mantém assim, Adilsão!
* Continuamos na cola dos
colonos, é uma bobeadinha e passamos por eles.
Pontos negativos no fim da pelada:
·
Adilsão, meu querido, sei que o Peter é um
pereba, mas o lugar do Maylson é no meio!
·
Talvez tu não saibas, chegasse agora e tal, mas
vou te dizer, o Hélder é um pereba também, e o Saci vai melhor na lateral do
que no meio.
·
Ricardo, meu querido, tu és o meu reserva
preferido, mas lugar de reserva é no banco. Manda um abraço para o Wilson, caso
encontres com ele por aí.
Próxima parada: garantir mais
três pontos em cima da segunda torcida do sul da ilha.
Saudações alvinegras!
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