segunda-feira, 4 de março de 2013

Apita o árbitro, fim do primeiro tempo!


Não pude comparecer ao Scarpelli no jogo do último sábado, o fatídico empate contra o time da WEG.
Contudo, encerrado o primeiro turno algumas análises já são possíveis.

Nosso time pontuou muito bem, mas jogou muito mal.
Precisamos de uma revolução no futebol praticado até aqui, ou estaremos fadados a uma participação coadjuvante nas semifinais. Pela pontuação adquirida, estamos totalmente credenciados a uma das três vagas restantes, será difícil não estarmos lá, mas se continuarmos com a mesma bolinha murcha, chegar as finais será pouco provável.

Adilson Batista prometeu no início do ano, que o time estaria jogando bem entre a quinta e sexta rodada. Não cumpriu a promessa. Sim, nosso time já está meio definido, já sabemos razoavelmente bem quem são os preferidos do Adilsão, mas eles não têm feito jus à bela camisa que vestem. Entendo, não é tarefa simples dividir os coletes de titulares num time totalmente novo, sem uma base da temporada anterior, e esperar que este amontoado de boleiros já apresente alguma coisa parecida com bom futebol de imediato.
Contudo, algumas coisas já se desenham. Nossa zaga está definida, e não é ruim. Sim, pecou em alguns momentos, mas nada que desabone a média geral das atuações de Douglas Silva e Thiego.

Nossos volantes não convencem. A exceção de Tinga, todos os outros testados deixaram muito a desejar. A torcida é quase unânime na opinião de que, no atual elenco, o jovem Jackson teria espaço garantido na equipe titular, mas Adilsão não compartilha da nossa opinião, logo, nem no banco o menino tem aparecido. Diante das opções que nosso treinador tem nas mãos, fica mais do que evidente o quão bem cairiam nesse time Túlio e Fernandes. O primeiro daria a serenidade que nossa zaga precisa e muita qualidade na saída de bola, o segundo seria o armador que hoje não temos. Muito se reclama do Toscano – que foi bem na última partida – mas poucos levam em consideração que o rapaz quase não recebe bolas, que precisa voltar para buscar a jogada, marcar a subida do lateral adversário ao invés de estar posicionado no ataque, para receber as bolas que deveriam vir do camisa 10 que hoje não temos. Tivéssemos apenas estes dois no nosso elenco, Túlio e Fernandes, com certeza o futebol já seria bem melhor do que este apresentando até agora.
Nossas laterais não funcionam por falta de peças. Hélder é um pereba de pai e mãe, e comprova este status a cada nova temporada disputada com a camisa mais bela do mundo. Não temos lateral direita, Maylson vai quebrando um galho, mas não é o cara certo para aquela posição. Vamos ver se André Rocha vai resolver o problema, mas acho pouco provável que um cara parado há quase um ano, chegue e se torne a solução da noite para o dia. O rapaz vai precisar de tempo para readquirir ritmo de jogo.

Nosso ataque é refém das preferências táticas do Adilsão. Héber não é ruim, mas parece que já se machucou de novo. Toscano sabe fazer gol, mas na maior parte dos jogos tem sacrificado a função do seu ofício – fazer gols – em prol da aplicação tática que o nosso treineiro tanto valoriza na boleirada que comanda. Diz que Ricardinho vem para “bagunçar esquema tático adversário”, vamos ver no que vai dar. Quem sabe, com ele em campo, o Toscano não possa ficar mais dedicado aos gols que a torcida quer vê-lo marcar, do que aos laterais que o Adilson pede que ele marque.
Agora é jogar sério, o segundo turno já está aí e com um cenário que pode nos ser muito favorável.

A galera do supermercado e a turma da paquita, cada um mergulhado numa crise interna e num futebol sofrível, terão que se desdobrar para almejarem alguma coisa diferente no varzearinense. O que recai sobre eles não é apenas a responsabilidade do protagonismo que deles se espera no nosso campeonato, mas o fato de um estar na série A, e outro ter feito as contratações mais caras e badaladas entre as dez equipes que disputam o caneco. Para dificultar estes dois, o time da Oktober vem mostrando um futebol pequeninho, mas firme e consistente, aposto que estará entre os quatro semifinalistas. As bailarinas oscilam entre o espetáculo e a tragédia. Num dia fazem o melhor jogo do campeonato e garantem a vitória numa virada sensacional, no outro perdem para o time da WEG para, em seguida, aplicar a maior goleada do campeonato até aqui sobre o indefeso Bugre da Pinheira.
Ou seja, no meio dessa briga de foice no escuro, temos que continuar quietinhos, na nossa, conquistando os pontinhos necessários que nos assegurarão nas semifinais, ir melhorando o time, tentando fazer com que os meninos do Adilsão consigam acertar passes de dois metros de distância e, enquanto isso, deixar que o resto do povo se esfaqueie na busca pelos pontos que acumulamos nesta primeira etapa do varzearinense.

Meu palpite para as semifinais?
Chapecoense

Joinville (campeão do returno)
Figueirense

Metropolitano
E, digo mais, apesar de não levarmos nenhum dos turnos, ficaremos em primeiro lugar pela pontuação geral, garantindo a decisão no Scarpellão.

Saudações Alvinegras.

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