Mas eis que do ano passado pra
cá, deram para utilizar de uma estratégia curiosa, para dizer o mínimo. Nos
rotulam como super-máquina de jogar futebol, já antevendo uma preciosa
justificativa para o revés que comumente enfrentam cada vez que nos encontramos
pelos gramados do mundo.
Ano passado, nos chamavam de
Barcelona. Interessante notarmos que em nenhum momento este apelido veio de
nós, mesmo quando passeamos no turno e returno do campeonato, não nos
considerávamos um time pronto e, ciente que somos da distância que há entre a
grandeza das nossas belas cores alvinegras, com a limitação técnica do futebol
praticado no campeonato varzearinense, sabíamos que todo aquele êxito não
significaria muito para os desafios que enfrentaríamos nos meses seguintes durante
o Campeonato Brasileiro.
A prova retumbante do quão
distante o nosso time estava do ideal, foi o desempenho pífio nas duas partidas
finais do varzearinense. Nós sabíamos disso, eles acreditavam que de fato
éramos muito superiores aos demais barrigas-verde. Sim, no âmbito regional,
éramos melhores do que eles, do que todos os outros, mas isso não significava –
como o restante do ano bem comprovou – que tínhamos um bom time.
Mas façamos algumas observações
importantes antes que as meninas do sul da ilha comecem a ter ataques de
pelanca. Por mais esdrúxula que sejam as regras do campeonato varzearinense,
nossos mandatários aceitaram e assinaram o documento que o regulamentava, logo,
a vitória da turma da paquita foi justa e meritória. Num caso raro de se ver,
jogaram melhor do que nós e fizeram por merecer a taça levantada.
Mas o que eu quero dizer é que em
nenhum momento nós, alvinegros, nos comparamos ao time espanhol, essa foi uma
comparação vinda deles, para justificar o infortúnio que tinham certeza que
teriam ao nos enfrentar.
Este ano, viramos para eles o
Carrossel. Já vi vários deles falando em tom de falsa ironia sobre o Carrossel
Alvinegro. O nome científico deste movimento advindo da Tapera, é: Cagaço de
Véspera.
Não encontrei ainda um
representante da maior torcida de Santa Catarina, dizer-se satisfeito com os
meninos do Adilsão. Vimos alguns pontos positivos, algumas qualidades individuais,
mas o somatório destas parcas boas novas ainda está muito distante do que
esperamos do nosso time. Ainda não temos um padrão tático definido, ainda não
temos uma referência dentro do elenco, ainda não sabemos qual é o nosso time
titular, ainda nos ressentimos do destrato que sofreram nossos ídolos recentes
e, mesmo assim, para disfarçar a tremura nas pernas eles gostam de nos adornar
com adjetivos que nós nunca usamos para nos qualificarmos.
Tudo bem, sem problemas.
Atualmente estamos acima delas na
tabela, mas no frigir dos ovos nosso time está menos ajeitado do que o deles. Estamos
lá mais pela incompetência alheia do que por méritos do nosso esquadrão. Mas
não nos faremos de rogados, não querem os pontos, deixem-nos nas bandas do Estreito,
então. Faremos bom uso deles.
Quanto a turma da paquita, toda
serelepe por causa do triunfo recente no nosso território, vale lembrar que em
2006, vestia alvi-negro também um amontoado de jogadores então desentrosados,
desconhecidos de todos nós, mas que sob a batuta do mesmo Adilsão, aplicaram um
catequético 4 x 1 na turma da paquita.
3 comentários:
Muito show seu texto.
Vou visitar mais o blog. Parabéns. Torcemos para que a vitória de amanhã, seja, também, catequética. Estou cansado do ataque de faniquito nas meninas toda vez que falam de clássico. Ta na hora de dar um basta no ataque de pelanca!!!
Dissestes tudo e um pouco mais, essa cacalhada banguela gosta de nos supervalorizar antes dos clássicos, dai tendo motivos em caso de derrota!
Texto genial.
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